Artistas criam 'Ecad paralelo' para arrecadar direitos sobre músicas de coreografias de CTGs
17/04/2025
(Foto: Reprodução) Medida anunciada por grupo de artistas vale para reproduções em áudio de canções em festivais e rodeios. Iniciativa de músicos que tocam para invernadas de danças visa estimular contratação de artistas ao vivo. O músico Leandro Berlesi
Arquivo Pessoal
Para estimular a contratação de musicais ao vivo, alguns artistas que tocam para invernadas de danças de Centros de Tradições Gaúchas decidiram criar uma espécie de "Ecad paralelo". O objetivo é arrecadar direitos autorais sobre a execuções de áudios das canções em festivais e rodeios. O custo é de R$ 200 por apresentação.
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Não registradas para efeitos de recolhimento de direitos autorais pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, essas canções contam as histórias por trás das coreografias apresentadas. Em comunicado nas redes sociais, um grupo de artistas diz que se trata de uma "rede colaborativa voltada à valorização da música autoral e gravações no cenário artístico e cultural".
O músico Leandro Berlesi, que faz parte do grupo, diz que a decisão tem por base uma resolução aprovada durante a convenção do MTG realizada em Encantado, segundo a qual a execução das canções gravadas passa a exigir autorização dos músicos e compositores.
"Estamos assustados com a proliferação das gravações. Já temos colegas que estão abandonando a profissão, porque não conseguem sobreviver da música, sendo substituídos por áudios. Mas vamos pesar a realidade dos grupos. Para as invernadas de danças pré-mirim, carentes ou de escolas, eu, por exemplo, não cobrarei. Mas há grupos grandes nos rodeios que passam o ano rodando gravações, sem contratar os artistas, ao vivo", argumenta o cantor.
O movimento, segundo Berlesi, já conta com a adesão de 40 artistas, entre os quais Alexandre Brunetto, Alci Vieira Jr, Juliano Eloy e Sandro Pimentel.
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